Hoje a irritabilidade bateu, a inquietação, a vontade de dormir mas a mente não parava de girar, eu podia jurar que até sonhando a minha mente estava consciente e me controlando.
Tomei um banho, eu acredito que a água transmuta a energia. E mentalizei “luz divina, amor incondicional…”. Não sei você mas, quando preciso chorar, gosto de tomar banho. E combino comigo mesma “chora tudo o que tem que chorar aqui, e quando o banho acabar, acabou o choro”. O choro, ah, o choro às vezes te prende a garganta? Comigo sim, aquele nózinho entalado bem no meio da garganta. Isso não pode não, chora tudo o que tem que chorar, não sabe o por que? Não tem problema… às vezes o consciente não consegue captar tudo mesmo, mas respeita teus sentimentos, teu corpo, ele te conhece, te sente e transborda quando tem que transbordar.
Como a Gabi disse no texto anterior, o corpo fala, a gente precisa entendê-lo.
Esses dias notei que ando travando o maxilar, como pode isso? Tensão eu acho, é inconsciente, mas tenho tentado trazer isso para o consciente, e toda vez que reparo, relaxo.
Para pra prestar atenção em você agora, começa destravando o maxilar, relaxa a língua, as bochechas, a testa, os olhos, respira…
Por que precisamos viver tensos? Solta esse ombro.
Se rende a leveza do momento. E respira.
Continuando a história do dia…
Depois do banho, pedi uma pizza, ah uma coisa bem gostosa pra comer é o que eu preciso pensei - a Emilly superior tentou alertar: isso é um só uma válvula de escape Emilly, mas ignorei essa voz sábia. A pizza chegou, e junto pensei, agora vai ser perfeito, não tem como mudar o humor com uma pizza e um episódio da série favorita. A barriguinha encheu, o episódio acabou… E agora?
Agora sem distrações pensei, encare o que tá sentido.
Mas o que tô sentindo mesmo? Não sei, não consigo entender…
Lembrei que a pia estava cheia, e lavei a louça, uma hora pude notar o prato pedindo socorro pelo jeito com que coloquei ele na pia, e tentei ser mais delicada e atenta, que culpa a louça tinha pelos meus sentimentos confusos…
Mas sabe, lavar a louça me traz para o momento presente, acho traz a gente de volta pra realidade. Enquanto lavava pensava porque raios estava irritada, acho às vezes a mente fica querendo criar problema onde não tem. Me imaginei escrevendo sobre isso, como contaria essa história mais do que real para alguém, somos nós nuas e cruas, em nossas loucuras e sanidade dos pensamentos, das nossas conexões conosco e nossos momentos a sós.
Respirei fundo e pensei que às vezes a gente só precisa mesmo é lavar uma louça. Sair da inércia e ir pra ação, parar de pensar demais, e só viver o momento.
Todos nós temos nossos momentos, e tá tudo bem.
Obs. 1: Esse texto foi só um desabafo, e pra mostrar que todo mundo tem seus dias, seus questionamentos… E tá tudo bem.
Não pense que só porque temos esse blog e estamos em busca de mais propósito, de evolução, que não temos nossos momentos. Todo mundo tem. Acreditamos que a diferença está em como os encaramos, o que fazemos em relação a eles. Se paramos para nos perceber, nos autoconhecer, nos respeitar e viver o momento.
Obs. 2: A escrita ajuda muito! Depois que escrevi esse texto a energia fluiu. Somos seres contadores de histórias, precisamos disso. Falaremos mais sobre a escrita, essa é outra prática que ajuda muito a nos conhecer, e a transmutar os sentimentos.