Vocês já reparam como nos sentimos bem melhor quando compartilhamos com nossa melhor amiga aquele mega mico que pagamos na frente do crush? Ou quando compartilhamos com nosso namorado a raiva que estamos de alguém no trabalho? Ou mesmo quando contamos para nossa mãe aquela situação que vem nos deixando angustiada e que parece não ter saída? Às vezes subestimamos o poder de compartilhar, mas quando paramos para pensar em exemplos que vivemos e a diferença que fez não guardar para nós aquelas situações ou sentimentos, começamos a entender como isso é importante para nossa existência.
É através do compartilhar que entendemos que os problemas podem ter saídas, que a vergonha e a vulnerabilidade estão presentes na vida de todo mundo, que a felicidade não é um sentimento para ser guardado ou reprimido e que não estamos sozinhos nesse mundão!
Um dos grandes objetivos na nossa existência é nos conectarmos com outras pessoas. No entanto, muitas vezes deixamos de fazê-lo por amarras e crenças sociais que nos fazem acreditar que temos que buscar um padrão de perfeição diário. Essa busca infinita faz com que pensemos que nossas conquistas nem são tão legais assim, nossos erros são muito maiores do que os dos outros, nossas vergonhas são insuportáveis e nossos problemas são únicos. Por nos sentirmos distantes dessa perfeição, preferimos guardar para nós mesmos tudo que passa em nossos interiores e estampamos aquele sorriso e a famosa frase “está tudo bem”. Sabe qual o problema? A perfeição universal é inalcançável! Ela não existe pelo simples e maravilhoso fato de sermos pessoas diferentes, com histórias diferentes e que valorizam coisas diferentes. Dessa maneira, é IMPOSSÍVEL agradar todo mundo e ser perfeito. Sendo assim, perdemos diversas oportunidades de compartilhar coisas do nosso dia a dia por uma busca sem fim, por algo que não existe. Não só essa busca é exaustiva (e podemos falar outro texto inteiro sobre ela) como ela enfraquece um dos maiores poderes secretos na humanidade: a CONEXÃO.
Brené Brow também fala sobre esse assunto em outro de seus livros, A arte da imperfeição (sim, essa mulher é maravilhosa e com muito conhecimento incrível para compartilhar com o mundo). Segunda ela, precisamos questionar essa necessidade de perfeição e aceitar nossas vulnerabilidades. Fazendo isso, nos sentiremos cada vez mais preparados para compartilhar e consequentemente acabaremos nos conectando com as pessoas. Não só é incrível quanto o nosso compartilhamento nos faz sentir melhor, mas como faz o outro também! Não é maravilhoso quando uma amiga te conta que foi promovida ou vai casar? Ou mesmo quando ela te conta que às vezes também ficou irritada sem motivos um dia? Ou você fica feliz por ela, ou você aprende e dá aquelas palavras de amor. Mas o importante é que sentimos que não estamos sozinhos e não passamos por nada sozinhos! É uma corrente do bem! E ela só não é mais presente em nossas vidas por padrões bobos impostos e que seguimos cegamente há séculos.
Vamos aproveitar que estamos em nossos caminhos de autoconsciência e batalhar contra esse ciclo! Vamos dar o primeiro passo em reconhecer e aceitar nossas vulnerabilidades, compartilhar nossos segredos do dia a dia e nos dar o direito de conectar com as pessoas incríveis ao nosso redor! Isso será um presente para nós, para elas e para toda a humanidade :)
Gabi Bedinelli
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